segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Complexidade # 30



Quantos textos mais escreverei reclamando da minha mania de tentar decifrar sinais que nem sei se são sinais?
Tenho muito medo dessa minha insegurança. E dá medo do medo que dá.

"Existem duas energias muito poderosas mexendo com seu coração: uma que mostra a necessidade e outra que assusta e impede pela falta de realidade."

É, eu ainda leio horóscopos...

Por que diabos?
Pela falta daquelas coisas pequenas que parecem estar sumindo?
Pela sensação estranha de que você está sumindo junto?

Cada despedida - que já seria difícil por ser despedida - tem sido um pouquinho mais dura... como se batesse a sensação de que te tenho cada vez menos...

Te tenho? Te tive alguma vez?
Preciso entender melhor meus pressupostos.
E estou pareçendo exagerado.

E talvez eu esteja sendo... trágico, exagerado, jogado aos seus pés, sendo mesmo exagerado... talvez porque eu adore esses amores inventados, que se satisfazem com os mínimos sinais que parecerem garantir conexão, que parecerem garantir pelo menos um pouco desse contato que eu gostaria de ter contigo cara a cara, corpo no corpo, mas que tem se resumido a um ou outro papo entre essas contínuas horas de distância doída...

Trágico, exagerado, porque é que você me provoca.
Mesmo que eu não seja bem esse tipo de pessoa - pelo menos não que eu tenha descobrido...

E principalmente: trágico, exagerado, porque é no exagero que quero seu beijo... beijo de boca pequena, como nas horas sutis em que você me abraça cuidadoso, com as mãos tocando os lugares exatos, ao mesmo tempo em que deixa o seu corpo se encaixar inteiro nos meus braços que agem quase sozinhos envolvendo você...

Tenho sido egoísta, menino, por talvez não procurar entender o que esteja acontecendo contigo, por não entender tua cabeça, ou por querer entendê-la demais... por querer, mais uma vez, entender os sinais que nem sei se são mesmo sinais... Mas como controlar estes meus impulsos estranhos?

Se há tempos não tenho teu aperto, menino, queria pedir, com carinho, que não me negasse também um pouco de calor à distância, um pouco daquele afeto que sempre tratava de fazer esquecer e aquecer a frieza do não-contato.

Se estiver mesmo perto, se estiver comigo, não me negue algum sinal de que está perto.
Nem que seja um sinal sutil, envie...
Nada deve ser tão sutil para quem anda trágico, exagerado...

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