terça-feira, 21 de agosto de 2012

Complexidade # 39


Pouca gente soube, pouca gente sabe, mas eu já tive muitos nomes.

Algumas vezes nomes meus, que me surgiram na cabeça como identidades múltiplas dentro do mim (ou nomes que eu dava àquelas identidades que estavam aqui e eu não queria que fossem minhas – ou que de algum modo não podiam ser minhas). Outras vezes, nomes alheios, nomes carregados de identidades fortes e sentimentos com os quais eu sempre me identifiquei, nomes que tomei a liberdade de usar pra me explicar, como se fossem nomes meus.

Gabriel, Ana, Cloe, Bernardo, Tomas, Teresa, Sabina, Beatriz, Ique, Duda, Ricardo, Álvaro, Alberto, Tiago, Camilo, Miguel... Apesar da sensação corriqueira de nunca sido nenhum deles, fui todos... E de cá, do lugar pretensioso onde vive minha mania de poeta, paro e penso que talvez tenham sido todos eles os nomes do meu próprio nome, como um modo (já antigo, até) de marcar na minha memória o romântico incurável que sempre fui, apesar de nem sempre parecer...