terça-feira, 28 de setembro de 2010

Complexidade # 27

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As tuas asas nas minhas mãos - Paulo César

Estou com alguma sensação de liberdade. Não sei se é bom, isso é o pior. Parece que andei surtando tanto, tão a mil por hora, que agora, em que pareço ter um pouco mais de ar, o ar me intoxica, me deixa em alguma embriaguez estranha... fico inerte a todas as coisas, sigo minha rotina como se ela tivesse uma rota própria, em que não penso, simplesmente faço sem dar sentido a qualquer coisa que esteja acontecendo.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Outra vezes

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Ligth in the hand - Italo Lemos Silva

Caíram as luzes.
Não consigo mais enxergar muita coisa
E apenas a sensibilidade desesperada
Tenta tatear alguma coisa
A que eu possa me apegar pra me guiar.
Sou sensível quando estou perdido [e acho que só assim].
Sou inseguro,
Sou criança, tenho medo,
Sem nenhuma certeza sobre o meus próprio mundo.
Audaz ou apenas pretencioso,
Querendo que por vezes alguém me diga as minhas verdades,
Para que eu decida aceitá-las,
Entendê-las,
Entender-me
Sem ser sempre preciso entrar em mim mesmo,
Mesmo que eu sempre acabe entrando em mim mesmo,
Ao menos para elaborar as coisas que eu nunca elaboro.
Dicotomicamente.
Como todas as coisas no meu eu feliz e complexo.
Já não sei se gosto de mim, do que sou,
Mesmo que o que eu faça me pareça sempre bom:
Prazeres que cultivo sem me cultivar?
Preciso me dar conta das coisas,
Com preguiça de racionalizar demais e me perder.
Caíram as luzes, fico confuso...
E apesar das coisas todas,
Sinto que ainda não quero acender as luzes da minha própria razão.
Tenho medo de ser claro demais e me ofuscar, me cegar,
E passar o resto dos dias com ainda mais medo de estar
(Logo agora em que me pergunto se um dia conseguirei ser com alguém)...

16/09/2010