Ainda não sei como te contar que as coisas tiveram que se adiar. Eu mesmo não sei como me conformar com a ideia de mais uma espera (mesmo que curta, diante de todo o resto), ainda mais quando me aperta tanto aqui dentro a vontade de te ouvir dizer os teus conflitos, tão meus...
Já andava sonhando, entre tremedeiras bobas e algumas lágrimas felizes... andava sonhando com a tua companhia curta, sempre cheias daquela coisa que ainda não entendo bem, mas que fazia com que o mundo parasse, fora dos rumos comuns do tempo...
Andava sonhando, caminhando na rua, enxergando (completamente real pra mim) o sorriso que você me abriria quando eu abrisse a porta da minha casa e te encontrasse lá, sentado à mesa da cozinha me esperando...
Iria, mais do que tudo, singelamente e desesperadamente querer te abraçar, ter a certeza de que não seria sonho o meu sonho, te sentir com força e te olhar... olhar muito, entre sorrisos incontidos, cheios da beleza dessa bagunça intraduzível aqui de dentro.
Iria ficar horas silenciando, te vendo, sem deixar que qualquer coisa à toa atrapalhasse os segundos de companhia. Iria esquecer da vida, sentindo a falsa e boa sensação apaixonada de que, naquela hora, apenas a tua presença me bastaria.
E agora, menino, vou seguir um tempinho mais de distâncias (distâncias próximas, mas distâncias – duras, difíceis, incertas)... Talvez eu possa me agarrar em mais uma esperança de sonhador, acreditando naquela história de que o tempo um dia vai olhar para nós dois, rir alegremente e dizer que nunca é preciso desesperar, e que ele sabe de todas as coisas que faz.
Talvez hajam mesmo males que venham para o bem...
E até o dia em que esse bem for chegar, menino, só não esqueça do quanto te quero, do quanto te amo.
15/06/2010, 21:15
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