Uma tentativa de literatura. Por que nenhum deles é real. E nenhum deles é fictício.
Para ouvir enquanto lê: Take a Bow (Greg Laswell)
Sentou-se à cama, levemente pensativo, e ficou por um tempo admirando a pilha de rabiscos em cima da estante a sua frente. Alguns estacionados ali havia meses. Uns a lápis, outros a caneta, alguns mais organizados, outros rabiscados, tortos, com setas puxadas aqui e ali apontando as tentativas de costurar as ideias. Vez ou outra, desenhos perdidos com bonecos de palitinho, ou um trecho de música escrito entre aspas e com letra corrida no canto da folha, provavelmente algo que ele andara escutando ou tinha na cabeça na época em que cada uma daquelas palavras foi escrita – para ser deixada de lado, naquela pilha, logo em seguida.